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Às vezes, tenho a impressão de que acordei dentro de um pesadelo, na pousada ao lado d’O castelo de Kafka, no planeta Marte de Ray Bradbury, ou em Pompeia, durante a erupção do Vesúvio. Mas estou no bairro de Casa Amarela, no Recife, no Brasil.  Em...

É difícil escrever um romance, sobretudo quando estamos velhos. Mas nem José Saramago nem Alejo Carpentier escreveram jovens. J. M. Coetzee se queixava do peso dos personagens, da dificuldade em carregá-los na velhice. Um memorialista brasileiro, Pedro Nava, escreveu livros volumosos, depois dos oitenta anos....

Se alguém se der ao trabalho de ler os muitos volumes da “História em Revista”, da Time-Life Books, começando na era dos reis divinos e chegando à contemporaneidade, ficará com a impressão de que a história do homem nesses 5000 anos não passou de uma...

O que faz o Baile do Menino Deus ser único na cena natalina brasileira é o seu projeto de resgatar várias formas de celebração do Natal, que sobreviveram e se guardaram apenas no Nordeste do Brasil. Reisado, lapinha, pastoril, cavalo marinho, guerreiro, chegança, boi de reis, quem...

As pedras queimam as solas dos meus pés. Os tênis de nada servem; melhor seria calçar botas de couro. Talvez eu não tombasse à direita e à esquerda, igual a câmera nas mãos de um cinegrafista inexperiente, deixando vazar a luz para a película, cegando...

Dona Madalena foi quem me contou a história. No tempo em que eu tomei por obrigação conhecer e registrar os brinquedos populares de Recife, armado de um pequeno gravador e de uma máquina fotográfica. O meu parceiro Bérgson Queiroz preparou uma lista de vinte perguntas,...

Na festa em que não conheço ninguém, o anfitrião me senta ao lado de um casal, imaginando afinidades. Apresenta-me como um literato nordestino – meu Deus! –, e remexe na memória em busca de algum título que possa ilustrar-me. Depois de um esforço que me...

Com certeza, não foi na biografia de Gabriel García Márquez “Viver para Contar” onde li a história de um menino que, ao perder a mãe, teve como primeiro sentimento o de que nunca mais comeria arroz doce, porque era ela quem cozinhava o seu prato...

Cândido Pinto morreu. Lembrei a Milonga de Manoel Flores, do poeta Jorge Luís Borges: morrer é um costume que sabe ter toda gente. Poucos conhecem Cândido Pinto, nos dias de hoje. Mas na década de 1960, quando agitava o meio estudantil com o seu...

Eu tinha doze anos em 31 de março de 1964. As lembranças que marcaram uma geração de brasileiros não possuem nenhum romantismo, apenas dor e desejo de reparação e justiça. Para mim, uma criança na época, elas são imagens fragmentadas como as do filme Amarcord,...

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